Enfim é chegado o momento do primeiro encontro com o público. Um verdadeiro misto de sentimentos tomou conta dos participantes do NUFOPES. Medo, tensão, insegurança, que foram superados com a interação do público presente. As apresentações fizeram parte dos últimos encontros sistemáticos do grupo, servindo como estágio.
Essa fase aconteceu em casas de idosos e instituições para crianças. Foi um momento de troca de conhecimentos e de colocar em prática tudo o que foi aprendido durante o curso. Os integrantes se dividiram em dois grupos: Tatipirun e Mussaendra, e assim realizaram as respectivas apresentações nos dias 28 e 29 de novembro.
O primeiro dia foi com o grupo Tatipirun. Em meio a olhares e ouvidos atentos, as crianças do Centro Espírita O Consolador, receberam os integrantes do grupo, para a sessão de contação de histórias. Foi uma manhã mágica. As cores do arco-íris, os milhares dos sapatos da princesa, o conto do ferreiro que tentou enganar a morte, e as tantas outras histórias encantaram e fizeram as crianças interagir, dando asas à imaginação.
“As crianças vieram me perguntar se a história do ferreiro era de verdade, se realmente a Érica tinha visto o que aconteceu. Então chamei logo a dona da história e a deixei conversando com os meninos. Foi muito legal essa interação”, disse Fábio. Já na parte da tarde o clima ficou mais difícil. Ao adentrar e conhecer o espaço onde iriam contar suas histórias, a Casa do Pobre, eles perceberam que era preciso adaptar algumas situações.
Será que vai dar certo? Será que vamos ser bem recebidos? Como será a recepção do público na história da morte? Esses foram apenas alguns dos questionamentos feitos, antes do início da sessão. "Contar histórias para um público tão diverso, num ambiente como este é bem delicado. Estou com receio porque vou contar a história do ferreiro que desafiou a morte e este é um tema complicado de se abordar aqui”, disse Érica.
No dia seguinte, foi à vez do grupo Mussaendra. A primeira sessão aconteceu no Lar para Idosas Luiza de Marilac. Novamente a insegurança e o medo tentaram afligir os corações dos contadores de histórias, mas a superação e o enfrentamento falaram mais alto e se deu início a ação. No desenrolar das histórias, pouco a pouco, as pessoas foram interagindo, cada uma a sua maneira. Seja rindo, se benzendo, participando e mergulhando nas histórias contadas.
Na parte da tarde o local das contações foi o Lar para Meninas Deus Proverá. Eram dez meninas com idades variadas entre 12 e 16 anos. A princípio tudo parecia mais difícil, tanto pela faixa etária, como também pelo medo da rejeição por parte das adolescentes.
Entre um conto e outro, risos, sustos, surpresas, medos e tantos outros sentimentos foram se mostrando nas faces das garotas, que pouco a pouco se entregaram às histórias. Depois da sessão um momento mágico, onde brincadeiras e cantigas de rodas finalizaram a tarde com chave de ouro. As meninas participaram, cantaram e perguntaram sobre as histórias contadas.
“Foi uma experiência única. Elas são muito carentes de atenção e carinho. Vamos voltar aqui com certeza!”, disse Josilene . Apesar do medo, os grupos se apresentaram, e conseguiram atenção dos públicos, aperfeiçoando as sessões de histórias, modificando e adequando os últimos ajustes para o grande dia: a apresentação final, que acontece no próximo sábado, 12/12, às 18h30, no SESC Centro.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Estágios NUFOPES
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Poesia ou Prosa? Romance ou Conto? Caso contrário, será Novela?

Ufa! Quanto assunto! Mas os participantes ficaram com olhos bem abertos para não perder uma só informação. Depois, acrescentaram suas experiências enquanto leitor e/ou professor, tirando suas dúvidas conforme o desenrolar da aula.
Esse momento do curso foi esperado com muita ansiedade pelos integrantes do NUFOPES, pois queriam desvendar mais coisas nesse mundo de Contação de Histórias. Estavam todos curiosos e o mais surpreendente foi a forma em que os assuntos foram abordados, interagindo o tempo todo com as informações pessoais de cada participante e com o que já foi exercitado nos encontros anteriores. Isso tornou a aula bastante participativa.
Mírian falou que estava tensa na expectativa da aula e ficou feliz com tudo que aprendeu. “Quando escutávamos falar que iríamos estudar a parte teórica, vinha logo na cabeça a ideia de que seria algo chato e cansativo. Mas, nesse momento, está sendo muito gostoso, pois o que vimos até agora nos remete ao que iremos trabalhar na prática da Contação de Histórias. Por isso, é muito prazeroso, muito bom, mesmo!!!”. Comentou Mírian.
A cada tema estudado, era preciso que cada um identificasse os textos de acordo com a Teoria Literária. Todos conseguiram aplicar a teoria na prática, foi como montar um quebra-cabeça.No segundo dia, foi uma aula bem descontraída, na qual foram apresentadas algumas lendas populares e cada um contou o que conhecia sobre a cultura popular.
E, nesse clima gostoso foram discutidos assuntos, relacionados às Estruturas Narrativas Clássicas e Populares e História da Arte, com o orientador Guilherme Ramos.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Um mosaico de reflexos e histórias
Além das músicas envolventes e da mistura de sentidos e sentimentos de confiança o que mais marcou esse encontro foram dois momentos: Um exercício com espelhos e uma roda de contação de histórias à beira mar.
No primeiro momento, o descobrimento! As diversas possibilidades e ângulos de se ver e ver as coisas ao redor. “Senti-me feito criança. Comecei a observar as mínimas coisas no exercício do espelho e quando percebi estava totalmente envolvido no processo”, disse Paulo Irapuan.
De repente, Thiago e Ana Cícera começam a brincar com a aproximação de espelhos entre si e uma série de imagens começa a ser construída ao som de músicas de Zélia Duncan.
A aproximação do outro fez com que toda a sala se transformasse em um verdadeiro caleidoscópio, fragmentos e olhares, todos compenetrados na atividade.
Na hora de terminar a atividade as pessoas pareciam não querer mais se desvencilhar do objeto, que já havia virado parte deles e, em alguns casos, havia criado até vida própria.
Thiago Sampaio contou que mesmo com os intervalos entre uma aula e outra percebeu a turma entrosada. "Para mim, vivenciar tudo isso hoje foi muito importante. Uma experiência diferente e muito boa. A turma está bastante unida, o momento do espelho foi precioso para a aula, foi tudo muito rico", disse.
Um pôr do sol maravilhoso, frutas e muita história. Essa foi a proposta de encerramento dessa etapa. Cantarolando as músicas aprendidas durante a oficina anterior, os integrantes do NUFOPES foram andando em cortejo até a praia de Guaxuma.
Chegando lá, uma roda de contação de histórias foi montada, onde a regra era a seguinte: a história inicia-se com uma fruta inteira, a primeira pessoa começa uma história, morde a fruta e passa a diante para quem deve continuar a contação dessa história. Pouco a pouco, as histórias foram fluindo até que todos contribuíram com algum trecho para formar uma história.
“Foi um dia muito proveitoso. A praia e a roda de histórias me fizeram viajar. O ambiente foi muito caloroso e envolvente. Ouvir histórias com o sol, com o barulho das ondas, sair dos muros da sala foi muito bom, foi muito gostoso”, disse Simone Souza.
Dando continuidade ao processo, no dia seguinte, houve um compartilhar de vivências e sensações experimentadas durante a sessão de contação de histórias ocorrida na Livraria Livro Lido, compondo a programação do projeto Aldeia SESC Guerreiro das Alagoas. Todos falaram da importância da “troca” em assistir as contações e poder contar. Os integrantes deram depoimentos e foi comentado a facilidade de como as integrantes da Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas contavam histórias, “era algo tão natural que parecia que elas tinham vivenciado as histórias que estavam contando, por mais surreais que elas sejam” disse o grupo.
Alguns integrantes falaram que não ficaram a vontade com o exercicio pela dificuldade do fazer sorrir. Luciano Pontes relatou sobre a visão do palhaço que muitas vezes não é apenas para fazer sorrir "um bom palhaço consegue trabalhar sentimentos: fazer sorrir, chorar, refletir..."
Após a conversa houve o primeiro exercício de alongamento, objetivando preparar o corpo para a jornada de exercícios que estava por vir. Logo após, sentados em círculo, colocaram no centro alguns sapatos. O primeiro momento foi de observação, em seguida as pessoas escolhiam um sapato aleatoriamente e descrevia as características do dono daquele calçado.
Os jogos sempre tão presentes na preparação artística foram constantes. Nesse encontro, um em especial chamou a atenção do grupo. A proposta era desenvolver a percepção e a criatividade utilizando seqüências de músicas onde a regra era pensar nos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água) e transmitir o sentimento através de movimentos. Batidas e cantigas embalaram o exercício e os integrantes do NUFOPES se entregaram a sonoridade e ao poder da imaginação, se transportaram para um lugar imaginário, criando cenários a partir da música.
No início da tarde, o grupo fez alguns exercícios de alongamento. Posteriormente, Luciano Pontes pediu que cada pessoa escolhesse três palavras que poderiam tornar o mundo diferente. Após a escolha, as falaram olhando uns aos outros. Os olhares penetrantes fotografavam as retinas e se expandiam ocupando todo o espaço.
Por conseguinte, a turma foi dividida em três grupos para responder as perguntas que estavam por vir. Diversos questionamentos surgiram a respeito de ser um Contador: “Qual a função do Contador de Histórias?” Será que é propagar o incentivo a leitura? (Uma das respostas do grupo). A partir desses questionamentos a turma foi levada a uma reflexão sobre a atuação do contador de histórias.
Após a conversa houve o primeiro exercício de alongamento, objetivando preparar o corpo para a jornada de exercícios que estava por vir. Logo após, sentados em círculo, colocaram no centro alguns sapatos. O primeiro momento foi de observação, em seguida as pessoas escolhiam um sapato aleatoriamente e descrevia as características do dono daquele calçado.
Os jogos sempre tão presentes na preparação artística foram constantes. Nesse encontro, um em especial chamou a atenção do grupo. A proposta era desenvolver a percepção e a criatividade utilizando seqüências de músicas onde a regra era pensar nos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água) e transmitir o sentimento através de movimentos. Batidas e cantigas embalaram o exercício e os integrantes do NUFOPES se entregaram a sonoridade e ao poder da imaginação, se transportaram para um lugar imaginário, criando cenários a partir da música.
Por conseguinte, a turma foi dividida em três grupos para responder as perguntas que estavam por vir. Diversos questionamentos surgiram a respeito de ser um Contador: “Qual a função do Contador de Histórias?” Será que é propagar o incentivo a leitura? (Uma das respostas do grupo). A partir desses questionamentos a turma foi levada a uma reflexão sobre a atuação do contador de histórias.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Intercâmbio literário
A Trupe Gogó da Ema de Contadores de Histórias do SESC Alagoas participou da ação que aconteceu na Livraria Livro Lido e reuniu, também, a primeira turma do Núcleo de Formação e Pesquisa na Arte de Contar Histórias (NUFOPES).
Entre um conto e outro a alegria era visível nas risadas que predominavam nos rostos dos participantes. Quem quisesse podia entrar, também, no jogo da contação. E não demorou muito. Em pouco tempo a magia das histórias contagiou os presentes que passaram a interagir com as contadoras da Trupe e participaram da roda.
Cantigas de roda e histórias cantadas embalaram a manhã literária. O lúdico tomou conta da livraria e os ouvintes mergulharam nas histórias de bichos falantes e aventuras por florestas.
Entre um conto e outro a alegria era visível nas risadas que predominavam nos rostos dos participantes. Quem quisesse podia entrar, também, no jogo da contação. E não demorou muito. Em pouco tempo a magia das histórias contagiou os presentes que passaram a interagir com as contadoras da Trupe e participaram da roda.
Cantigas de roda e histórias cantadas embalaram a manhã literária. O lúdico tomou conta da livraria e os ouvintes mergulharam nas histórias de bichos falantes e aventuras por florestas.
A multiplicidade das vozes e dos ritmos
Depois desse primeiro momento, uma dúvida passava pelas cabeças dos participantes da oficina... Para quê serviriam os espelhos solicitados? A resposta só veio em seguida. Descobrir o rosto e o corpo através do espelho e assim trabalhar a musculatura da face.
A jornada seguiu com uma preparação das cordas vocais com exercícios de aquecimento e alongamento. O ritmo do tambor e das cantigas contagiou as pessoas com a magia da dança. De repente, uma roda, repleta de cadências e gingados diferentes tomou conta da sala com a dança Cacuriá, natural do Maranhão. Músicas de tradição oral do campo da conhecida em São Luiz, Dona Tetéia.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O brilho fica cada vez mais acentuado!
A cada encontro os participantes se descobrem intimamente. Trabalham a percepção, o ouvir, desvendam seus limites corporais, muitas vezes desconhecidos, além da troca de experiências. Aos poucos o contador de histórias vai surgindo!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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